Bem-aventurados os pobres de espírito

Garota sentada com mãos cruzadas sobre Bíblia orando
Garota sentada com mãos cruzadas sobre Bíblia orando
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” Mateus 5:3

A palavra grega traduzida por “pobre”, neste versículo, transmite a ideia de um estado contínuo de pobreza total.

As vezes podemos pensar que ser pobre de espírito é ser uma pessoa humilde, que reconhece suas fraquezas, ou até alguém com autoestima lá embaixo. É claro que a pobreza de espírito produz uma certa humildade, mas não era a respeito disso que Cristo falava.

Somos espiritualmente falidos. Dentro de nosso coração, sabemos que “Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para longe” (Isaías 64:6). Não há como fugir dessa dura realidade esmagadora de orgulhos.

Não podemos produzir nada de bom. Somente através de Cristo. O pecado nos faz confiar na nossa própria vontade, e achar que somos capazes de algo.

Quando Jesus falou, neste versículo, sobre os “pobres de espírito”, não se referiu a pessoas que eram objetivamente falidas. Isso seria verdade a respeito de todos nós. Em vez disso, ele se referiu àqueles que sabem que são falidos e reconhecem isso diante de Deus. Os pobres de espírito, se esvaziam continuamente de toda confiança “na carne” e colocam sua confiança em Cristo.

E é aqui que encontramos descanso. A graça nos faz livres para admitir nosso desespero. Sabemos que através de Cristo, não há pecado que possa destruir nossas vidas. Não podemos ser mais amados e mais aceitos pelo Senhor do que já somos. Pois ele nos ama com o pleno conhecimento do que fizemos, fazemos e um dia ainda vamos fazer. E então a mudança irá ocorrer em nossas vidas, através do poder que vem dos céus.

“As bem aventuranças não são um código moral que tenho que realizar, mas em vez disso, são um belo retrato de Jesus que fez tudo em meu favor. Não são oito passos para nos tornarmos justos aos olhos de Deus, e sim oito poderosos argumentos que explicam porque nossa única esperança é Jesus.

Tristeza agradável e alegria chorosa enchem agora o meu espírito, pelo fato de que tal vida destruí, mas vivo por Aquele que matei. John Newton ” 

Trecho retirado do livro “Crucificando a moralidade” – R. W. GLENN