Há algum tempo eu estava na Escola Bíblica Dominical na minha Igreja e nosso pastor disse a seguinte frase (que segundo ele havia encontrado durante a leitura de um livro):
– Você adulteraria aos pés da Cruz?
Naquele momento eu estava concentrada ouvindo e olhando para minha Bíblia, mas rapidamente levantei os olhos em direção a ele com MUITO espanto. Meu coração simplesmente estremeceu. E ele continuou: “Você mentiria aos pés da Cruz? Você furtaria algo enquanto o sangue de Cristo está sendo derramado por você?”
Fiquei perplexa ao perceber a profundidade do que estávamos tratando ali e meu coração se encheu de temor. Pensar em fazer qualquer coisa errada ali em frente ao Filho de Deus sendo sacrificado por nós, não soa como uma terrível afronta a tudo o que Ele é, tudo o que Ele representa e tudo o que Ele fez por nós? Mas por que em nossa caminhada cristã tratamos muitas vezes o pecado como se fosse uma brincadeira?
Nós nos conhecemos e sabemos aquilo em que mais temos dificuldade. Flertamos com o pecado pensando que somos capazes de vence-lo sozinho. Contamos “pequenas mentiras” pensando que “não tem problema se não vai fazer mal a ninguém”. Nossos pensamos impuros e cheios de julgamento acerca de nossos familiares, amigos ou irmãos da igreja, consideramos apenas como “percepções que tenho de alguma situação”.
Em Hebreus 4:13 diz que: “…não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas”. Somos um constante flagrante diante do nosso Deus. Ele esquadrinha nosso coração e sabe cada erro que nós cometemos. Mas precisamos dar nome aos nossos erros. Mentira, fornicação, egoísmo, gula, ciúmes, raiva, fofoca. Tendo consciência de onde estamos falhando poderemos então clamar pela misericórdia do Senhor, para que através do Espirito Santo, Ele nos santifique e nos capacite a não cometer mais essas afrontas, esses pecados.
“Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: “Confessarei as minhas transgressões”, ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado. ” Salmos 32:5
“Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. ” Provérbios 28:13
Tratamos um pouco sobre isso nesse ano aqui, quando falamos sobre dores e doenças que muitas vezes Deus escolhe não curar, e tudo o que fazemos muitas vezes é reclamar e se revoltar contra Ele:
Uma imagem se formou em minha mente ao me visualizar diante da cruz do meu Salvador, agonizando, enquanto eu o afrontava por não ter parado a minha dor de cabeça. As implicações absurdas dessa visualização derreteram meu coração com um doce arrependimento e uma profunda gratidão. Percebi que eu certamente era capaz de atos tão maliciosos, egoístas e imaturos, e, no entanto, nada do que eu pudesse fazer jamais me afastaria do amor de Jesus Cristo. Além disso, Cristo não somente morreu a minha morte, como também viveu de modo perfeito por mim, sofrendo com as doenças e dores de um ser humano, existindo em um corpo limitado, sem murmurar contra Deus ou acusá-lo e sem pecar de qualquer outra forma. Então, ele apagou meu histórico de ressentimento e ira e me deu a sua justiça.
Que a cada dia possamos ter mais consciência do nosso pecado, e do quanto precisamos do nosso Salvador para nos lavar e purificar.
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