Relacionamentos líquidos

Numa sociedade onde praticamente todas as esferas têm um caráter urgente e com enfoque em dopamina, os relacionamentos sofrem. Como cristãos, tudo o que fizermos tem que ter, primeiramente, um foco eterno – que busca em fazer coisas que honrem a nosso Deus em primeiro lugar. Acontece que muitas coisas no mundo moderno têm nos estimulado a seguir na direção oposta. Aquela ideia de ser servo e dar honra mais ao próximo que a si mesmo tem sido substituída pela cultura do eu. 


“Os autores Michael e Judy Phillips afirmam que ‘O Processo de formas elos emocionais que terminam ou se desmancham, passando para o próximo parceiro, [múltiplos namoros] prepara jovens para o padrão de casar, divorciar e recasar’.

Não estamos sugerindo que namoro é para sempre! Mas o namoro leviano precisa ser reconsiderado com urgência. ‘Quando praticamos o método do mundo de desmanchar relacionamentos, ensaiamos como desmanchar. De fato, ensaiamos o divórcio! Depois, ficamos a perguntar como nós, membros da igreja, ficamos tão peritos no divórcio.”

– O Namoro e o Noivado que Deus sempre quis – Alexandre Mendes (Sacha) e David Merkh

 

De um modo geral, temos lidado com experiências altamente estimulantes, seja em séries, aplicativos, entre tantas outras coisas. A sociedade tem pendido a tendências de preferir conteúdos curtos e que são ignorados se não forem de seu interesse. É simples: não gostou desse vídeo? Scrolle e veja o próximo! E até mesmo nos relacionamentos, nos apps de relacionamento por aí: o cara não é um match perfeito? Passa pro lado e escolha o próximo. Acontece que a vida é muito mais que isso – nossas escolhas não têm impactos meramente momentâneos assim como nossos cliques, mas têm impacto real em vidas e de modo duradouro. Se você já assistiu Black Mirror deve saber do que estou falando: podemos ficar presos no looping de nossas decisões. É por isso que o Senhor nos exorta a sermos sábios em nossas decisões.

“Tenham cuidado com a sua maneira de viver: que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.”
(Efésios 5:15-17)

Portanto, sejamos prudentes – busquemos relacionamentos que agradam ao Senhor – não façamos de relacionamentos algo que sirvam apenas para encher nosso próprio ego ou mesmo ocupar um espaço em nosso coração que está destinado ao Senhor

Relacionamentos abusivos

mulher com mãos no rosto, triste
mulher com mãos no rosto, triste

Um assunto difícil, mas necessário nestes tempos de fotos de café da manhã com sorrisos que escondem muitas vezes as lágrimas e o sofrimento de um e a manipulação de outro.

As mulheres são as maiores vítimas deste tipo de relacionamento que muitas vezes começa no namoro e a mulher não percebe e acaba se casando com um marido abusivo e manipulador. E esta situação só piora com o passar do tempo , chegando a agressão física e tragédias que acabamos vendo na televisão.

É difícil detectar e acabar com este tipo de relacionamento, podemos dizer que algumas amizades são abusivas também, precisamos identificar e acabar com esta linha de abuso que pode levar a violência física, depressão e ansiedade.

Não podemos aceitar este tipo de relacionamento, devemos estar atentas a sinais como ciúmes excessivo, críticas a tudo que fazemos, afastamento de amigos e familiares, pois assim o abusador se fortalece e acabamos não tendo para onde correr quando nos sentimos sufocadas e tristes nesta relação.

A Palavra de Deus como é verdadeira , conta histórias de relações abusivas, para nos alertar  e mostrar que Deus não aceita este tipo de relação e pune sempre o agressor.

Lia foi uma mulher que sofreu com relacionamentos abusivos . Seu próprio pai a entregou a Jacó na noite do casamento dele com sua irmã Raquel, podemos imaginar como Lia se sentiu humilhada na manhã quando Jacó a desprezou. Lemos em Gênesis nos capítulos 29 e 30 como este casamento foi abusivo e trouxe consequências para toda família. Lia teve que aprender sozinha que Deus a amava e ela demonstrava isto quando seus filhos nasciam e ela escolhia o nome, ela foi mãe de vários filhos que deram origem as tribos de Israel. Deus honrou Lia.

Temos também a história de Tamar registrada no capítulo 38 de Gênesis, que sofreu nas mãos de um sogro e dois maridos que usavam Tamar para seus próprios desejos e não davam a ela o direito de engravidar, de ter filhos, em uma sociedade que exigia isto da mulher. Mas Deus viu e puniu estes homens e deu a Tamar filhos e assim ela entrou para a genealogia de Jesus.

Sabemos que nosso Deus não tolera este tipo de relacionamento, Deus criou homens e mulheres com papéis importantes e cada um deve exercer este papel para honra e glória de Deus.

Como mulheres cristãs devemos saber o nosso papel e o nosso valor diante de Deus, devemos fortalecer nosso coração na Palavra de Deus e assim podemos estar atentas a homens que não sabem seu papel diante de uma mulher .

“Vós maridos , amai vossas mulheres como também Cristo amou a igreja , e a si mesmo se entregou por ela”. Efésios 5:25

Este é o ensinamento bíblico, o homem deve amar sua esposa ,cuidar dela, procurar sempre o melhor para que ela possa exercer seu papel de esposa e mãe com alegria.

Um relacionamento abusivo não é cristão, os relacionamentos verdadeiros são guiados pela Palavra de Deus e em um lar feliz existe espaço para conversar, para falar de seus sonhos e planos, as tarefas são divididas , os filhos crescem em segurança física e emocional, sendo assim homens e mulheres que vão  viver em sociedade e formar famílias felizes também.

Precisamos estar fortes e atentas, se nosso relacionamento com Deus for forte ,vamos encontrar em sua Palavra diariamente o alimento e as forças para perceber e sair de um relacionamento abusivo.

“Retenhamos firmes a confissão de nossa esperança, porque fiel é o que prometeu. E consideremo-nos uns aos outros, para estimularmos ao amor e as boas obras”. Hebreus 10: 23,24

Assim devem ser os relacionamentos de amizade, namoro , casamento e familiares um estimulando o outro para que todos possam ser felizes e levarem assim a mensagem de esperança e fé ao mundo que nos cerca e carece tanto de Jesus.

Por que nos frustramos tanto?

Somos seres relacionais, Deus nos fez assim desde o princípio:

Então o Senhor Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”. Gênesis 2:18

É propósito dEle estarmos inseridos em uma família, em uma comunidade onde possamos nos relacionar com outras pessoas.  Bons relacionamentos produzem uma base para pessoas sadias, equilibradas e com forças para enfrentar os desafios do dia-a-dia.  A família é presente de Deus para nós, e faz parte de sua graça comum, até os ímpios colhem bons frutos quando estão inseridos num seio familiar sólido.

Porém, vemos que não é raro encontrar pessoas frustradas com seus relacionamentos. Filhos que não se dão bem com os pais, esposas que enfrentam dificuldades com seus maridos, amigos que vivem em desentendimento uns com os outros. Até dentro das igrejas encontramos problemas de membros que se frustram com a liderança da igreja. Mas por que será que nos frustramos tanto?

Infelizmente a influência do pecado em todas as áreas da nossa vida é grande. Vivemos numa luta constante entre a carne e o espírito, entre fazer a nossa vontade e glorificarmos a Deus com nossas atitudes. Vemos os reflexos da queda também em  nossos relacionamentos: o egoísmo, a falta de misericórdia, falta de perdão e tantos outros pecados. Nos frustramos quando esperamos que as pessoas com quem nos relacionamos sejam perfeitas, ou colocamos todas nossas expectativas de ter uma vida feliz nesses relacionamentos.

Não estou dizendo aqui que devemos aceitar calados qualquer tipo de relacionamento agressivo, abusivo e imoral. Longe disso, devemos fugir na primeira oportunidade. Estou falando sobre muitas vezes colocarmos nossas esperanças em outras pessoas: serei feliz e completa quando meus pais se converterem, serei feliz e completa quando meu esposo ser mais amoroso comigo, serei feliz e completa quando meus amigos me tratarem de tal jeito, serei feliz e completa quando eu e meu namorado finalmente conseguirmos nos casar.

Ao colocar todas as nossas expectativas e esperanças tão somente em pessoas, sem levar em consideração o fator pecado, temos um risco real de nos frustrarmos. Isso porque ser humano nenhum tem o poder de nos dar prazer e satisfação completos. A Bíblia diz que Deus colocou a eternidade no coração do homem, sem que esse pudesse compreendê-la. Somente um ser eterno é capaz de suprir esse vazio, e essa pessoa é Jesus Cristo, o próprio Deus encarnado. Em Cristo todas as nossas necessidades espirituais são supridas, nEle deve estar nossa esperança.

Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo. Romanos 15:13

Que possamos refletir sobre isso e saber que nossas expectativas nunca serão frustradas se estiverem em Deus.

Nossa esperança está no Senhor; ele é o nosso auxílio e a nossa proteção.
Nele se alegra o nosso coração, pois confiamos no seu santo nome.
Esteja sobre nós o teu amor, Senhor, como está em ti a nossa esperança.
Salmos 33:20-22

 

Deus é a chave para todos relacionamentos

três amigas conversando e rindo na cidade
três amigas conversando e rindo na cidade

Não vivemos isolados em uma ilha, então precisamos nos relacionar com as pessoas, começamos quando crianças nos relacionando em família, depois vamos para a escola onde enfrentamos nossos primeiros problemas, descobrimos que não somos aceitos por todos, e que teremos que conversar, fazer amigos e medida que crescemos vamos enfrentando outros níveis de relacionamento no trabalho onde muitas vezes brigamos por posições e cargos, e temos os relacionamentos amorosos que também são muito complicados as vezes.

Muitos encontram problemas em suas famílias porque mesmo neste relacionamento tão próximo encontramos problemas, infelizmente pais enfrentam problemas em seus casamentos e seus filhos acabam sofrendo , vivendo em sua rotina diária uma luta , a Bíblia nos conta a historia de Rebeca que tinha dois filhos, e escolheu amar mais um que o outro então  acabou ajudando Jacó a enganar seu pai Isaque e assim tirar a benção que era de Esaú, este ato destruiu a família, Esaú e Jacó se tornaram inimigos, Isaque ficou decepcionado com sua esposa e Rebeca ficou sem o filho que amava, relacionamentos destruídos porque Rebeca não confiou em Deus.

Se o Senhor não edificar a casa , em vão trabalham os que edificam, se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigiam as sentinelas. Salmos 127:01

Os relacionamentos familiares devem ser edificados em Deus, o lar deve ser o lugar seguro para o crescimento emocional dos filhos, marido e mulher devem buscar na Palavra de Deus as respostas para seus medos, cada refeição deve ser um momento de conversa, de saber o que está acontecendo com os filhos, cada membro da família deve ter alegria em voltar para casa depois do dia de trabalho ou de escola, se os relacionamentos estão ruins no trabalho ou na escola a família reunida ao final do dia deve ser o remédio que cura todas as dores.

Nesta sociedade egoísta que vivemos sofremos com relacionamentos no trabalho, na escola e infelizmente até dentro das igrejas, muitos tem esquecido que nosso ego deve morrer a cada dia e que devemos viver para Cristo deixando que o Espirito Santo de Deus molde nossas personalidades.

Quando olhamos para os discípulos vemos varias personalidades, todas convivendo com Jesus e podemos entender que precisamos de Jesus em nossas vidas para que em cada detalhe sejamos moldados para que nossos relacionamentos sejam sempre abençoadores.

Deus é a chave para que tenhamos relacionamentos sadios, começando em nossa família, onde vamos aprender a perdoar, a dar suporte, depois quando vamos para a escola levamos esta maneira de ajudar e perdoar, no trabalho também teremos uma atitude de respeito para nossos colegas e chefes, e na igreja seremos sujeitos a autoridade espiritual que Deus colocou.

Deus nos criou para vivermos em sociedade, não podemos nos isolar, sabemos que muitas vezes é complicado principalmente nos dias que atravessamos, onde as pessoas se voltaram para seus egos, somente homens e mulheres que tem um relacionamento com Deus podem trazer para este mundo a mensagem de esperança que Jesus deixou.

Para que em família, na sociedade, na igreja tenhamos relacionamentos saudáveis, precisamos de um excelente relacionamento com Deus, precisamos buscar a sua presença , precisamos desejar conhecer a cada dia a vontade de Deus para nossas vidas.

Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus. Salmos 42:01

Busque a Deus , tenha tempo de oração, de devoção, de leitura de sua Palavra e certamente seus relacionamentos serão agradáveis, e será muito bom conviver e estar contigo, pois o bom cheiro de Cristo que está em você mudará o ambiente na sua família, no seu trabalho, na sua escola e na igreja.

Os perigos de um relacionamento escondido

Quando Maria tinha 15 anos se apaixonou por um garoto de sua sala do Colégio. Maria cresceu na igreja e já tinha ouvido um milhão de vezes que um crente se relacionar com um descrente não dava certo. Mas esse garoto era bonito, simpático, todos gostavam dele. O que poderia dar errado? Era só apresentar Cristo pra ele, ele iria para a igreja, se converteria e tudo aconteceria exatamente como ela havia planejado em sua mente. Porém havia um problema. Maria sabia que se falasse com seus pais eles nunca deixariam ela namorar sendo tão nova, ainda mais um descrente. Porém ela sabia que ele nunca esperaria até que ela tivesse idade para namorá-lo. Ele não era desse tipo, já ficava com as meninas há muito tempo.

Maria então tomou a pior decisão que poderia tomar. Começou a namorar o garoto escondido. No começo tudo era lindo, devido ao romantismo de todo começo de relacionamento. Aos poucos Maria viu sua vida sendo vivida em função de esconder o namoro. Ninguém poderia ver suas mensagens de celular. Ninguém poderia ver os dois conversando de uma maneira diferente. Os encontros escondidos deviam ser devidamente cronometrados e planejados. Aos poucos Maria foi ficando mais calada nos almoços de família. Não conseguia conversar sobre nada com seus pais pois se sentia culpada por esconder aquilo deles, e morria de medo deles descobrirem algo e discipliná-la.

A ideia de levar o garoto para igreja deu certo. Aos poucos ele começou a frequentar os cultos e se aproximar dos pais e dos amigos de Maria. Porém no relacionamento dos dois coisas estranhas começaram a acontecer. O garoto era muito inseguro e tinha um ciúmes excessivo de Maria. Ela não podia olhar nem conversar com outros meninos que já era motivo para brigas que duravam horas. Aos poucos nessas brigas começaram a entrar xingamentos, palavras de humilhação e uma pressão gigantesca por demonstrações de afeto. Maria se sentia sufocada, porém o medo de descobrirem o erro que ela havia cometido era maior, e ela gostava muito dele ainda para colocar um fim naquilo.

Maria se sentia culpada toda vez que eles se beijavam, e aos poucos o garoto começou a querer mais dela, e pressioná-la para que ela o deixasse ir além. O garoto parecia que só pensava naquilo. Um dia quando ela disse que não queria mais aquilo e que não permitiria que ele a tocasse, o garoto explodiu de raiva, e começou a desferir socos na porta, ao lado da cabeça de Maria. Ela sabia que a qualquer momento as agressões poderiam se virar contra ela e se sentia muito assustada pelo rumo que as coisas estavam tomando. Toda vez que tentava dizer que queria terminar o namoro, o menino chorava, se descontrolava, e chegou a dizer até que tiraria a própria vida se não tivesse o amor de Maria.

Maria conhecia o amor, ela o via na vida de seus pais há anos. E ela sabia que aquilo que estava vivendo não chegava nem perto de ser amor.

Aos poucos ela observou que tudo nela havia mudado. Seu jeito de conversar, seu jeito de agir, e Deus parecia estar cada vez mais distante. Ela já não conseguia orar nem mesmo antes de dormir, porque sentia-se hipócrita ao fazê-lo. E tudo o que passava na mente dela era: o que eu fui fazer com a minha vida? Maria tentou inventar várias desculpas para terminar o namoro, mas o rapaz se tornava cada vez mais agressivo. Até o dia em que ela ficou sozinha no carro com sua mãe e decidiu finalmente pedir socorro. Ela sabia que seus pais a corrigiriam por ter mentido, e sabia que precisava ser corrigida pelo próprio Deus, mas o que mais a machucava era ter desperdiçado toda sua adolescência estando presa numa situação que já saíra fora de controle há muito tempo.

Eu gostaria muito de dizer que essa história não é baseada em fatos. Porém não posso fazê-lo. Tenho certeza que há muitas meninas que passaram ou passam por situações semelhantes, por isso penso que podemos pensar nos seguintes pontos:

1) Ter seu relacionamento acompanhado por outras pessoas é sinônimo de segurança

Quando as pessoas que te amam acompanham seu relacionamento, você está protegida tanto fisicamente quanto emocionalmente. É muito importante ter alguém de confiança com quem possa conversar a respeito de como você é tratada dentro do relacionamento, as dificuldades que vocês enfrentam e conflitos que possam vir a ter. Quando você esconde isso das pessoas acaba ficando isolada e muitas vezes seus sentimentos te impedem de discernir se o relacionamento é saudável ou não. Quando somos jovens a impressão que temos muitas vezes é de que nossos pais só querem mandar e palpitar na nossa vida, mas depois entendemos que isso na verdade é proteção.

“Meu filho, obedeça aos mandamentos de seu pai e não abandone o ensino de sua mãe.
Amarre-os sempre junto ao coração; ate-os ao redor do pescoço.
Quando você andar, eles o guiarão; quando dormir, o estarão protegendo; quando acordar, falarão com você.
Pois o mandamento é lâmpada, a instrução é luz, e as advertências da disciplina são o caminho que conduz à vida”
Provérbios 6:20-23

2) Se proteger da imoralidade sexual dentro de um relacionamento escondido é muito mais difícil

Tanto em namoros escondidos, quanto em namoros oficializados, entenda: passar muito tempo com seu namorado sem supervisão de outras pessoas pode ser um grande risco para vocês dois. Pessoas normais sentem atração quando se tocam, principalmente quando se beijam. Portanto se você deseja manter a santidade no seu relacionamento prese sempre por frequentar lugares públicos juntos.

“Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual nem de qualquer espécie de impureza nem de cobiça; pois estas coisas não são próprias para os santos”. Efésios 5:3

3) Em casos de relacionamentos abusivos, não é porque você pecou que merece passar por qualquer tipo de abuso

Esse ponto é muito importante. Nós como cristãos acreditamos que a desobediência aos pais e a imoralidade sexual sejam pecados, uma afronta ao nosso Deus. Porém, isso não é justificativa para você suportar qualquer tipo de desrespeito ou abuso. O medo da disciplina ou julgamento das outras pessoas não pode ser um impeditivo para você buscar ajuda. Não é normal um garoto de xingar, não é normal ele ter um ciúmes possessivo, não é normal receber ameaças. Busque ajuda, não se cale!

4) Mesmo que seu namoro escondido seja perfeito, sem nenhum problema, ele continua sendo errado

Namorar escondido é errado pela mentira, pela desobediência e hipocrisia. É um privilégio poder iniciar um relacionamento com a bênção dos pais, do pastor e de uma igreja. É uma bênção poder ser o que se é, sem fingimentos. Poder andar livremente pela rua e pelos lugares ao lado da pessoa que você gosta, sem medo de alguém vê-los, isso se chama liberdade. Você pode se esconder de todos à sua volta, mas não consegue se esconder de Deus. Não há relacionamento nesse mundo que valha a pena em troca da nossa intimidade e relacionamento com Ele.

“Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas”. Hebreus 4:13

Meus pais não são cristãos – e agora?

Acho que é uma dádiva ter pais que sejam cristãos maduros,  que lhe ensinem a Palavra desde pequenina e reflitam um pouco de Cristo na sua vida. Acontece que essa dádiva em particular eu não tive. Como o tema do mês é relacionamentos, me sugeriram escrever sobre esse tipo de relacionamento, justamente por ser algo que eu vivencio.

Eu me converti por volta de 2012, na igreja em que atualmente sou membro. Inclusive, no dia da minha conversão, minha mãe estava ao meu lado. Minha família não é do tipo radical, que não acredita em Deus ou que odeie a igreja. Talvez essa seja a parte engraçada da história. Meus pais têm histórias na igreja. Ambos foram ensinados a ir quando pequenos, frequentando cultos. Minha mãe até mesmo chegou a frequentar igreja quando jovem, mas até o momento ela nunca demonstrou algo que me tivesse ter certeza de sua salvação. Essa parte eu acho difícil definir, pois somente Deus conhece realmente os corações, mas até onde já conversei com ela, ainda não fez uma decisão de fato.

Bem, voltando à minha história de igreja, eu comecei a participar dos cultos espontaneamente. Era uma vontade minha. Meu pai me deixava na porta da igreja para assistir os cultos matinais aos domingos. Mas nem sempre existia a boa vontade de me levar à igreja ou me deixar participar das programações. É natural, para quem está acostumado com a igreja, passar bastante tempo nela, mas para quem não tem uma perspectiva celestial, não faz muito sentido. Aos poucos eu fui encontrando diferentes dificuldades no caminho. Eu não podia ir aos cultos noturnos, muitas vezes eu faltava em programações porque meus pais não concordavam. Algumas vezes era pelo mero fato de não quererem me levar ou que eu fosse sozinha, por achar perigoso andar de noite (Vale lembrar que eu me converti ainda antes de atingir a maioridade – e fica a dica para você que possui um carro, abençoe a vida de irmãos que possam ter dificuldade de chegar às programações através de caronas). Eu tive que aprender a conciliar dois ensinamentos importantes da bíblia.

 

Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo.
Efésios 6:1

 

Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.
Hebreus 10:25

Algumas vezes já ouvi pessoas dizerem que se seu pai é contrário a você ir à igreja, você deve obedecer ao Senhor e ir mesmo assim. Mas há uma outra face: eu sempre pensei que Deus queria que eu obedecesse a meus pais e que isso também serviria de testemunho para que eles pudessem ver Cristo em mim também. E não era fácil. Seria mil vezes mais cômodo eu sair de casa quando quisesse e participar de todas as coisas que me agradavam, mas isso criaria um atrito com meus pais e também me tornaria rebelde, distante de tudo o que Deus nos ensina. Eu tinha como cultuar a Deus de casa, ler a bíblia e orar pela situação. Muitas vezes esquecemos que a oração é algo que Deus nos ensina a usar como uma ferramenta poderosa. Quando eu quis me batizar, foram cerca de dois anos até que se chegasse o dia. Eu tinha decidido em meu coração, eu sabia que era o que eu queria pra minha vida. Conversei com meus pais e até mesmo tivemos uma reunião com um dos meu pastores, mas eu havia recebido nãos como resposta – até mesmo na justificativa de que eu deveria aproveitar outras coisas da vida. Foi um período que eu não entendia muito o porquê, até mesmo chorei algumas vezes, mas pela fé eu pude ser batizada em 2015. E, por mais que meus pais ainda não sejam membros da igreja, ainda vejo situações pontuais da bondade de Deus através dessas circunstâncias. Eu vejo algumas vezes meus pais agradecerem a Deus em dadas circunstâncias relacionadas a eu ir à igreja e eu sei que se eu não tentasse buscar um equilíbrio lá atrás, talvez hoje eles enxergassem apenas uma garota religiosa que não se importa com a família.

Eu sei que há casos muito mais fortes que o meu, onde as pessoas são expressamente proibidas de frequentar cultos ou podem até mesmo eventualmente sofrer as mais difíceis pressões de seus familiares. Contudo, o que posso dizer é: persevere na fé. Você pode ser proibido de ir à igreja ou até mesmo de ler a bíblia em caso de países extremistas, mas nada te impede de orar ao Criador. Às vezes, pode ser que você sofra porque você tem uma cosmovisão diferente da vida, às vezes seus pais podem até ser duros e opostos ao amor que o Senhor nos ensina, mas eu diria que se você é salva, você foi escolhida estrategicamente para ser luz na sua família. Seu papel é desenvolver os frutos do espírito e mostrar a eles que o Senhor é bom. E, independentemente de eles fazerem uma decisão, o Senhor é soberano sobre essa situação toda e conhece os corações. No final da história, seja qual for, você terá sido moldada por Deus. Eu também gostaria de lembrar que a família também é um ministério designado por Deus – não negligencie! Saiba usar o tempo em família também.

Por fim, vou lhes deixar um versículo que acho que sempre acaba me motivando a ter um testemnho a construir. Ele é direcionado às esposas, mas mostra como às vezes o melhor modo de agir é mostrando amor.

Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher,
1 Pedro 3:1

 

Quem é sábio e tem entendimento entre vocês? Que o demonstre por seu bom procedimento, mediante obras praticadas com a humildade que provém da sabedoria.
Tiago 3:13

 

Que o Senhor lhes abençoe e os estimule a crescer em graça abundante na família que Ele lhe concedeu!

Relacionamentos: Quando isso não se trata apenas de namoro

Estamos há praticamente um ano tomando cuidados devido a situação de pandemia no mundo. Se encontramos alguém, temos que zelar pelo distanciamento social, evitar abraços, estar de máscara e com álcool gel no bolso, e tudo aquilo que antes era normal e corriqueiro, passou a ganhar novos significados em nossa vida, afinal, pequenos atos que fazem parte de nossos relacionamentos foram cortados.
Como um meio de sobreviver a esta situação difícil, utilizamos as redes sociais como medida desesperada de interação e relacionamento mais próximo das pessoas, pois é inevitável, somos seres relacionais e necessitamos de interação. Isso não se trata só dos amigos, mas da família, igreja, colegas de faculdade e trabalho e assim vai. Não é o ideal, mas precisamos de pessoas, precisamos de convivência e tem sido o melhor meio de suprir essa necessidade.

Mas aí eu me pergunto: Você sabe o motivo dos relacionamentos existirem e de qual modo você deve enxergar eles como cristã?

Quando levamos em conta a Palavra de Deus, percebemos que a necessidade de relacionamento aparece desde o Éden, em Gênesis 2:18 onde Deus demonstra preocupação com Adão em ter alguém que o acompanhe, e deste modo, cria Eva. É importante ressaltar, que apesar de Adão e Eva serem um casal, o relacionamento não está centrado na ideia de relação amorosa, mas sim de alguém para auxiliar e compartilhar sua vida, e isso não ocorre apenas no casamento, mas em outros contextos, como por exemplo:

Família: Em Josué 24:15 em um versículo bem conhecido, Josué afirma que ele e sua família servia a Deus. Isso vai além de só mostrar sua fé, diz respeito a um relacionamento aprofundado de Josué, sua esposa e filhos servirem ao Senhor. O relacionamento de qualquer pessoa inicia-se pela família, sejam com pais ou responsáveis, todo o ser humano inicia o conceito de relacionamento através dessa vivência com a formação familiar. Biblicamente como vimos, essa formação tem que sempre ter como base o relacionamento com Deus, então, se você, querida leitora, cresceu em uma família que não possui o conhecimento do evangelho, não tenha medo, essa relação irá começar por você, como embaixadora de Cristo.

Igreja: Se a família é a sua primeira instância de relacionamento, a igreja é a segunda. Como vemos em Romanos 12:4-5, fazemos parte de um corpo, onde cada um possui uma função, assim como nosso corpo necessita de exercícios para estimular cada parte e melhorar nossa saúde, o relacionamento entre os membros da igreja é o que torna ela mais saudável. É como se na prática, aprender a crescer com os irmãos, fosse o equivalente a fazermos uma caminhada bem feita para melhorar o desempenho cardíaco. Uma coisa liga a outra, um relacionamento não é apenas algo superficial, ele traz cura e melhora o desempenho da igreja como noiva na expansão do evangelho e no fortalecimento dos irmãos.

Amizades: A amizade está em terceiro, mas ela pode transitar tanto pela família, quanto pela igreja. Ser amigo é ser companheiro não importa o momento, porém, é algo leve, você não pode exigir do outro que seja seu amigo, é algo voluntário e progressivo, no qual não vai existir por duas ou três conversas longas, mas é cultivado aos poucos, como cuidar de uma planta. Do mesmo modo que uma orquídea não pode receber água todos os dias, uma amizade não deve ser invasiva ou excessiva, ela deve respeitar as diferenças, ao mesmo tempo que há responsabilidade de um com o outro. Provérbios 18:24 realiza a balança entre quem tem muitos amigos, e aquele que é mais achegado que um irmão, isso é importante se pensar quando estamos transitando para a vida adulta, e deixamos de ter muitos colegas de escola, para ter apenas amizades fiéis, e isso são poucos, mas como em todo relacionamento na vida, deve ser saudável e progressivo.

De acordo com o dicionário Oxford Languages, Relacionamento é a capacidade de conviver com seus semelhantes, mas com todo o respeito ao dicionário, a palavra de Deus demonstra também que é a capacidade de conviver com as diferenças. Em Mateus 5: 43-44 a regra é clara: amar os inimigos e orar por quem nos persegue, logo, relacionar-se vai além de semelhanças, é saber conviver com as diferenças de forma direta e principalmente, amando essas pessoas.

Como falado anteriormente, o ser humano é um ser relacional, e nosso maior desafio como cristã é saber trabalhar esses relacionamentos tanto com quem amamos, quanto com quem não amamos. É importante lembrar também, que antes de considerar um relacionamento amoroso, precisamos ter muito bem claro em nossa mente como trabalhar todos esses relacionamentos falados aqui no texto, pois, se você não busca melhorar com a família, com irmãos da igreja e com boas amizades, dificilmente saberá ser responsável em um namoro e casamento. É importante a clareza, principalmente da amizade, pois é ela que irá dar base para a construção de uma família de um bom relacionamento na igreja, e lembrar também que o namoro não é meramente um romance de filmes, e sim, uma amizade bem construída com base em princípios bíblicos. Ou seja, trabalhe seu coração no que está errado antes de dar o próximo passo.

E para além deste simples texto, quero te incentivar a refletir sobre as seguintes perguntas:

– Você entende que relacionamentos são necessários?
– Na sua vida, você dá prioridade a esses relacionamentos base, ou para você o relacionamento amoroso irá valer mais?
– Como você tem trabalhado o relacionamento com quem é diferente de você?
– E principalmente, a Bíblia tem sido sua base para se relacionar com as pessoas, sejam elas cristãs ou não?

Desafio você pensar sobre o assunto e colocar em prática trabalhando cada uma dessas bases (família, igreja e amizades) em seu coração. Nesta semana, ore sobre isso e reflita sobre seus relacionamentos, anote o que acredita que precisa ser trabalhado em seu caráter e junto, coloque respostas bíblicas que você encontrou em seus devocionais.

E uma dica para o final de semana, é ver o filme “Na Natureza Selvagem”, que é marcado fortemente pela história de um jovem que queria viver a vida sozinho. Leve em conta a base desta reflexão de hoje, e valorize seus relacionamentos, as pessoas ao seu redor, e aprenda a ceder, amar e negociar com as diferenças.

Que Deus te abençoe!

Servindo ao ministério feminino: Desafios e Soluções

Mês passado retomei meu costume de ler livros diferentes, e comecei pela biografia de uma Deputada Federal. Esta semana, por mera coincidência (e foi mesmo, acredite), tive o desejo de conhecer a história de Michelle Obama e foi quando percebi a relação entre ambas. Elas são cristãs, com o desejo de mudar o mundo, e começam através do serviço que realizam as mulheres. Então, para que essas mulheres sejam realmente alcançadas, elas desenvolvem diálogos, compartilham suas histórias de vidas e inseguranças, e assim, permitem a identificação, dando coragem para outras mulheres e renovando suas próprias forças.
Graças a essas líderes sentirem vontade de ajudar outras mulheres, me senti inspirada em criar um diálogo com vocês sobre o que nos distancia de realizar esse serviço no ministério feminino, seja ele adolescente, jovem, ou já adulto. Aqui, pretendo apontar alguns problemas recorrentes, mudanças de caráter que necessitamos fazer, e exemplos a nos espelhar.

Com relação aos problemas recorrentes:

1. Não existe união feminina na igreja contemporânea

Nos últimos anos tenho participado de ministérios cristãos na universidade, e apesar de ver um crescimento dos grupos cristãos, vi uma queda de encontros e eventos relacionados às mulheres. Geralmente evitamos encontros, pois sempre há alguém que não gostamos, alguma rixa de longo prazo e até inveja de como uma amiga de infância está em relação a nós. Tudo isso fere o corpo de Cristo, pois criam uma divisão. Em Tito 3:10 há uma chamada de atenção para quem causa divisão, justamente em relação a criar contendas por aquilo que achamos estar errado por conta própria.

2. O serviço feminino só aparece com a idade
Admiro os ministérios femininos, que na maioria das vezes são o grupo de maior força na realização de eventos, acampamentos e decoração no geral. Porém, o que me incomoda é que essa união só acontece a partir do momento que as mulheres são casadas, tem filhos e começam a exercer funções nomeadas como “de mulher”. Não existe um ministério na adolescência ou na juventude quando não sabemos o como lidar com padrões do mundo; não há um ministério feminino quando precisamos entender sobre sexualidade, abusos e relacionamentos tóxicos nas escolas e universidades; e também não há auxílio quando precisamos entender como ser sal e luz a pessoas do mundo sem necessariamente ceder a usos e costumes que ferem a modéstia cristã. No geral, criamos nossas próprias conclusões por medo de pedir ajuda e levam-se anos até que se crie uma maturidade e venhamos a entender questões referentes ao universo feminino.

3. A aparência e o status ainda são grandes obstáculos
Infelizmente com o aumento do uso das redes sociais, as pessoas possuem muito mais a tendência a julgar baseado no que acha que entende de uma determinada pessoa, do que realmente se dar ao esforço de conhecer a pessoa verdadeiramente. Falei um pouco sobre os pecados que cometemos nas redes sociais há algum tempo, só acessar.
No ministério feminino essa inveja ou má impressão causada pelo que vemos e não pelo o que realmente conhecemos, tem sido um empecilho para que a união seja genuína, e infelizmente isso nos impede de evoluir e finalmente servir umas as outras com amor e misericórdia.

Após pensar nestes problemas que se tornam obstáculos, percebi que biblicamente temos mulheres incríveis que protagonizam ótimos exemplos a se seguir, como Rute e Noemi. Em Rute 1:16-18 ela se compromete a caminhar com Noemi e abre mão de recomeçar um novo casamento para andar junto com sua sogra. Nesta passagem temos uma união clara de duas mulheres que nos dia de hoje, seriam nomeadas como “inimigas” devido a estereótipos sociais de sogra e nora. Por outro lado, Rute agiu em serviço de sua sogra, se comprometendo a caminhar junto a ela.

E em outro contexto, Isabel e Maria (Lucas 1:39-57), unidas pela gestação e pela forte relação dos filhos que estavam sendo gerados, mostram respeito, sem uma reclamar da outra por ter filho mais nova ou mais velha, ou até contestar o motivo pelo qual Jesus não nasceu de Isabel no lugar de Maria. Parece uma análise absurda, mas infelizmente a sociedade contemporânea abriria brecha para este tipo de reclamação. O fato é que elas tiveram respeito e apreço pelas bênçãos que Deus estava dando as duas e é nisso que devemos nos espelhar.

Pensando nestes exemplos e em muitos outros que poderemos encontrar na Palavra, quero nos desafiar a aprender na prática como servir umas às outras, segue o “gabarito” dos problemas apontados anteriormente:

1. Vença os estereótipos!
Se o grande problema do mundo são mulheres que brigam entre si, aprendam com as que não brigam. Busque ajuda, converse com líderes, e comece a pensar em meios de trabalhar a união em pequenas coisas. Se há problemas passados não resolvidos e você pode mudar isso, vá atrás das pessoas, peça perdão, assuma as atitudes erradas e ore por quem não está disposta a mudar. Não seja falsa em dizer “eu tentei” sem estar com determinação de mudar o coração, se desafie pra valer, buscando mudanças efetivas de dentro para fora.

2. Comece hoje a desenvolver um ministério feminino em sua igreja
Se ainda não há diálogo entre as meninas, e os problemas passados estão resolvidos, crie grupos, encontros e comece a interagir com outras meninas. Compartilhe orações, rotinas e se ajudem! Como muitas igrejas ainda estão fechadas, um pequeno encontro semanal que for possível já será de grande ajuda para que cada uma em sua casa se lembre que não está só. Um grande exemplo que vejo desta atitude é em minha igreja na Batista Regular, no qual as meninas frequentemente fazem conversas rápidas com devocionais, e nos lembram que mesmo distantes, temos com quem contar. Tá aí um exemplo para não dizer que isso ainda não existe.

3. Troque inveja por admiração!
Se alguém tem um talento e se destaca na internet, se alguém fez algo legal e você ainda não, pare de desejar aquilo e tenha amor próprio! Precisamos parar de achar que o fato de uma menina ter um carro e a outra não é motivo para desanimar. Analise a si mesma e aprenda a se amar e buscar seus próprios objetivos sem ficar criando comparações desnecessárias. Deus tem um propósito para cada um debaixo do céu, e você querer o propósito dos outros é inveja, então se valorize e entenda que nem idade para namorar você tem; que precisa se formar se deseja um determinado emprego e que talvez precise de faculdade se deseja ser promovida onde está, e se deseja uma carreira acadêmica, precisa lutar por ela no lugar de se comparar às outras. Ou seja, cada um tem sua história, seu contexto, e deve cuidar da sua própria vida.
O texto dos talentos (Mateus 25:14-30) é muito didático quanto a isso pois “talento” neste contexto bíblico refere-se ao ouro que atualmente, vale pouco mais de 5 milhões de reais, ou seja, não estamos lidando com pouco dinheiro. Quando as pessoas investem, elas ganham valores diferentes, e isso acontece pois é o que o senhor entende que cada um poderá gerar de lucro. A única pessoa mesquinha da história foi a que tinha o jeito mais fácil de conquistar mais talentos e negligenciou isso, enterrando o valor. Ou seja, você não é menos abençoado, muitas vezes Deus está te dando mais oportunidades e você está presa ao que gostaria de fazer, e não ao que deveria estar fazendo. Então pense nisso e trabalhe seu coração. Amor próprio e mais admiração é o desafio deste terceiro (e maior) tópico.

A partir do momento que você vencer a ideia de divisão, se unir às suas irmãs em Cristo e saber valorizar a si mesma, você com certeza terá auto estima para servir. O segundo mandamento citado por Cristo em Mateus 22 (v. 37 a 39) ele diz que devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Ou seja, tendo amor próprio, automaticamente teremos amor ao próximo.

No demais, ore pelas suas irmãs, crie amizades no lugar de julgar e admire no lugar de sentir inveja. Construa uma base sólida para que você muitas outras meninas consigam crescer juntas. Do mesmo modo que duas líderes políticas conseguiram criar projetos de incentivo às mulheres, podemos criar atividades, conversas, debates e muito mais projetos que fortaleçam umas às outras.

Outro meio prático de servir é perguntando, se oferecendo e demonstrando o desejo de ajudar, seja oferecendo auxílio nos estudos da escola; em discipular e ensinar sobre a Bíblia; ou até criando conversas sobre assuntos em comum, como livros, filmes ou até técnicas de desenho.
Serviço é o maior ensinamento de Cristo (Mc 10:42-45), que sendo filho do Rei, foi capaz de se fazer a pessoa mais simples para nos ensinar humildade, amor e misericórdia, devemos os espelhar em quem Ele é, e servir umas às outras.

Avalie seu coração e busque trabalhar os desafios. Trabalhando de dentro para fora, será muito mais fácil entender como agir e principalmente, servir.

Vamos juntas?

1 Coríntios 13 para solteiros

balões vermelhos e brancos em formato de coração voando para o céu azul
balões vermelhos e brancos em formato de coração voando para o céu azul

Não é nenhuma surpresa casais usarem os versículos de 1 Coríntios 13 em convites de casamento e declarações de amor, em especial os versículos 4 e 7. Porém consigo enxergar grandes mandamentos nesses versos para os solteiros também!

Não é nenhuma novidade Paulo exortou os solteiros a se dedicarem a vida ao Senhor: “O homem que não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor.” (1 Coríntios 7:32).

Para fazer as coisas do Senhor temos que ter amor, e é aí que se encaixa 1 Coríntios 13. Veja:

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.”

Nesses dois primeiros versículos vemos que não adianta absolutamente nada falar com todas as pessoas, em qualquer língua, se não transmitirmos amor, o amor divino, o amor que foi provado numa cruz. De que adianta poder falar com muitas pessoas se elas não sabem a quem servimos e amamos?

“Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.”

Sim, pessoas necessitadas tem uma grande necessidade física, mas a necessidade espiritual é muito maior! Então, de que adianta doar coisas a pessoas necessitadas e fazer boas obras se as pessoas nunca vierem conhecer a Cristo?

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Quantas vezes buscamos o nosso interesse e nossas necessidades e não olhamos para o lado, para uma pessoa próxima a nós que precisa de muito mais? Quantas vezes deixamos de dar um abraço em alguém que está com o coração machucado só porque estamos com pressa de ir logo para casa porque estamos com fome? Quantas vezes ficamos magoadinhos porque alguém conseguiu a promoção que você tanto queria no trabalho? Quantas vezes ficamos bravos com alguém porque ela não deu um sorriso quando você comprou o pão às 6h da manhã? Quantas vezes vemos a injustiça e estamos totalmente alheios a isso? Quantas oportunidades não perdemos de falar do amor de Cristo a alguém porque estamos mais interessados no nosso cochilo, no nosso livro ou na nossa música quando estamos no ônibus ou metrô?

“O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.”

Um dia tudo nessa terra passará, toda dor e sofrimento, toda saudade, toda ansiedade, tudo! Ou quase tudo… o amor de Deus, o amor que Ele põe em nosso coração: este permanecerá para sempre!

“Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido”.

 A cada dia crescemos mais, aprendemos mais, chegamos mais perto do dia em ver Deus face a face. Hoje temos podemos ver o agir de Deus ao nosso redor, mas um dia poderemos ver Ele em toda a Sua glória e esplendor.

“Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.”

Sempre devemos carregar três coisas em nossa vida:

  • A fé, pois é ela que nos aproxima cada dia mais de Deus;
  • A esperança de um dia estar com Deus;
  • E o amor, que é o mais importante, pois é este que sustenta os outros dois! Não adianta ter fé e esperança sem amor – é o amor que prova a existência dos outros dois.

1 Coríntios 13 pode ser usado como frases de declaração de amor, de convite de casamento, mas deve ir muito além disso: 1 Coríntios 13 deve ser o manual de conduta de todo cristão, seja ele casado ou solteiro!

Ele é bonito?

pernas de homem em jeans, com um pé em cima de um skate na rua. Sol brilhando ao fundo.
pernas de homem em jeans, com um pé em cima de um skate na rua. Sol brilhando ao fundo.

Isso aconteceu duas vezes em uma semana.

Eu saí para tomar café com duas amigas diferentes, separadamente, ambas na mesma semana. Como todas as meninas normais, falamos sobre as últimas “novidades de rapazes” em nossas vidas. Aqui está como foram nossas conversas.

Amiga: “E aí, alguma novidade sobre rapazes em sua vida?”
Eu: “Nenhuma novidade muito importante, mas há um cara que eu adoraria passar mais algum tempo.”
Amiga: “Oh meu Deus. . . ele é bonito?”
Eu: “Bem. . . sim, eu acho que ele é.”
Amiga: “Como ele é? Você tem uma foto?”

Você vê o que aconteceu nessa conversa? A primeira pergunta da minha amiga foi: “Ele é bonito?”, e sua segunda pergunta foi: “Como ele é?”

UMA MUDANÇA DE CORAÇÃO

Vou ser totalmente honesta com você. Há alguns anos, a ideia de se casar com um cara “pouco atraente” era um pensamento realmente difícil para mim. Em meu coração, eu queria casar com um popular, bonitão. Eu não queria mostrar aos meus amigos uma foto de um cara e ouvir um “Oh. . . bem. . . Tenho certeza que ele é muito legal”.  De jeito nenhum! Eu queria mostrar aos meus amigos uma foto e ouvir um “Wow! Ele é lindo. Você tem bom gosto, menina.”

Eu quero ser o tipo de garota que vê o retrato e reconhece que o caráter é tudo o que importa no final.

Eu não estou dizendo que casar com um cara de boa aparência é errado. Se acontecer de eu me casar com um cara popular, bonito, tudo bem para mim. Mas esse não é mais meu maior desejo.

Eu estive em dois relacionamentos sérios, e já assisti vários amigos passarem por relacionamentos sérios também. No final, a coisa mais importante sobre cada garoto era seu caráter, não sua aparência.

Nós não podemos escapar dos fatos da vida. Estamos todos envelhecendo constantemente. Se o Senhor quiser, vamos ficar velhos e os nossos corpos se enrugarão e cederão com o tempo. Aparência jovem e um corpo sarado não vão durar tanto tempo.

É por isso que a Palavra de Deus diz:

“Enganosa é a graça, e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Prov. 31:30).

Em vez de apenas saber que essas coisas um dia serão verdade em mim também, eu comecei abraçá-las. Vou olhar para certos caras que podem não ser considerados atraentes de acordo com os padrões do mundo e pensar: Uau! Ele parece ser um cara muito sólido. Eu consideraria totalmente sair com ele, se ele estivesse interessado em mim.”

Se eu tivesse visto esses mesmos caras anos atrás, eu nunca teria considerado passar mais tempo com eles. É realmente triste o modo como eu pensava, mas é a verdade.

E é por isso que me incomodei quando minhas amigas me perguntaram: “ele é bonito?” e “como ele é?”

Eu sei que fui culpada de fazer essas perguntas também, mas eu não quero ser desse jeito. Eu quero ser uma garota cuja primeira prioridade é o caráter do indivíduo. Eu quero que você seja esse tipo de garota também. Eu quero que sejamos o tipo de meninas que veem o retrato e reconhecem que o caráter é tudo o que importa no final.

ENTÃO POR QUE FAZEMOS ESSAS PERGUNTAS?

Aqui está o porquê de eu achar que temos a tendência de sempre perguntar primeiro “ele é bonito?”: nossa cultura é obcecada pelo corpo. Filmes, revistas, vídeos de música, livros; tudo cheio de caras e garotas sarados.

Eu quero olhar para eles e vê-los como Deus os vê.

Com a enorme quantidade de mídia diante de nós, é difícil não ser influenciado. Mesmo assim, eu acho que todos podemos concordar que a obsessão da cultura atual com pessoas bonitas não produz relacionamentos duradouros. (Basta olhar para o histórico dos casais famosos para a prova!)

Em vez de comprar a visão da cultura atual sobre mundo, vamos colocar novos óculos e ver os rapazes segundo a perspectiva de Deus.

Aqui está um versículo que tem falado comigo nas últimas semanas.

“Porque o Senhor não vê como vê o homem: o homem vê o exterior, porém o Senhor olha para o coração” (Salmos 16: 7).

Eu quero ver a vida através desta lente. Eu quero olhar para eles e vê-los como Deus os vê. Essa é a minha oração atual para mim e para você.

Eu quero desafiar-nos a começarmos a pensar em caras a partir dessa perspectiva. A próxima vez que você conversar com suas amigas sobre rapazes, não pergunte “ele é bonito?”, e sim “como é seu caráter?”

O PONTO DA QUESTÃO

A boa aparência de um cara não vai fazer um ótimo relacionamento. Grandes músculos não vão deixá-la mais perto do Senhor. Um belo rosto não vai te dar compromisso e amor.

Tudo se resume ao seu coração. Como você pode saber como está seu coração? Pergunte a si mesma as seguintes perguntas:

  • Ele ama o Senhor?
  • Ele deseja glorificar a Deus acima de tudo?
  • Existe evidência de que ele vai amar você sacrificialmente como Cristo amou a Igreja?

No final, o caráter de um homem é o que faz um saudável, forte e duradouro relacionamento que glorifique a Deus.

Vamos falar sobre isso. . .
  • Você prioriza a boa aparência de um rapaz acima de seu caráter?
  • Você olha os rapazes a partir da perspectiva da cultura atual ou da perspectiva de Deus?
  • O que você acha que faz de um relacionamento forte, saudável e feliz?


Este post é a tradução do artigo original Why do girls always ask “is he cute?”, postado no blog Girl Defined pela autora Bethany Baird, e traduzido e republicado com autorização da mesma.