Glorificai-O

mulher de braços abertos em píer na praia, pôr do sol ao fundo
mulher de braços abertos em píer na praia, pôr do sol ao fundo

Neste momento estou lendo o livro “Louco Amor” de Francis Chan e ele também fala de contentamento. Não porque é uma coisa fácil, mas porquê acima de tudo é um mandamento do ator principal da vida: Deus.

Veja o que ele diz:

Muitos de nós pensamos e vivemos como se fôssemos o tema do filme da vida.

Agora, pare e pense sobre o filme da vida…

Deus cria o mundo. (Você estava vivo na época? Será que Deus estava falando com você quando proclamou: “É bom!” diante das coisas que havia acabado de criar?).

Em seguida as pessoas se rebelam contra Deus (o qual, se é que você ainda não se deu conta disso, é a personagem central do filme), e Deus inunda a terra para acabar com a bagunça que as pessoas promoveram no mundo.

Muitas gerações depois, Deus seleciona um homem de 99 anos de idade chamado Abrão e faz dele o pai de uma nação (você teve alguma coisa a ver com isso?).

Mais tarde, chegam José, Moisés e muitas outras pessoas comuns e inadequadas, sobre as quais o filme também não é. Deus é quem os escolhe e orienta, operando milagres por intermédio daquela gente.

Na cena seguinte, Deus envia juízes e profetas a sua não porque as pessoas parecem incapazes de oferecer ao Senhor a única coisa que ele lhes pede (obediência).

Então, chega a hora do clímax: o Filho de Deus nasce entre o povo que Deus ainda ama. Durante sua passagem por este mundo, o Filho ensina a seus discípulos como deve ser o verdadeiro amor. Em seguida, o Filho de Deus morre, ressuscita e volta à presença de Deus.

Embora o filme ainda não tenha terminado, sabemos como será a última cena. É aquela que já descrevi no capítulo 1: a sala do trono de Deus. Nela, todos os seres adoram Deus, que está sentado no trono, pois só ele é digno de ser louvado.

Do inicio ao fim, o filme é obviamente a respeito de Deus. Ele é a principal personagem. Como é possível que vivamos como se o enredo fosse a respeito de nossa vida? Nossa cena no filme, nossa vida tão breve, está em algum lugar entre o momento em que Jesus ascende aos céus (livro de Atos) e a parte na qual todas as pessoas adorarão a Deus em seu trono celestial (Apocalipse).

Temos apenas nossa aparição em uma cena de uma fração de segundo para viver. Não sei o que você pensa sobre isso, mas pretendo que a minha fração de segundo tenha a ver com meu esforço para glorificar o nome de Deus. Em 1 Coríntios 10.31, lemos: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”. Nossa participação de uma fração de segundo no filme tem tudo a ver com isso.

E então, o que isso significa para você?

Francamente, você precisa deixar de pensar só em si. Pode parecer um pouco duro, mas é justamente o que isso significa.

Talvez a vida seja muito boa para você neste momento. Deus lhe deu tantas coisas legais, de modo que você pode mostrar ao mundo como vive uma pessoa que aproveita as bênçãos recebidas, mas que continua totalmente louca por Deus.

Ou, então, é possível que a vida esteja muito difícil neste momento, e parece que tudo é uma grande luta. O Senhor permitiu que as coisas complicadas acontecessem em sua vida para lhe dar a oportunidade de mostrar ao mundo que o seu Deus é grande, e conhece-lo proporciona paz e alegria, mesmo quando a vida é difícil. Como o salmista, que escreveu: “… vi a prosperidade desses ímpios […] Certamente foi-me inútil manter puro o coração […] Quando tentei entender tudo isso, achei muito difícil para mim, até que entrei no santuário de Deus…” (Sl 73.3,13,16,17, grifos do autor). É fácil se tornar uma pessoa desiludida diante das circunstâncias da vida, quando comparadas com as de outras pessoas. na presença de Deus, porém, ele nos proporciona uma paz mais profunda e uma alegria mais intensa, que transcende todas essas coisas.

Para ser absolutamente sincero, não importa muito em que lugar você se encontra neste momento. Seu papel é o de glorificar o Senhor – seja comendo um sanduíche durante um intervalo no trabalho, tomando café ao meio-dia para não dormir durante os estudos ou assistindo ao cochilo do seu filho de quatro meses de idade.

O objetivo da sua vida é apontar para Deus. Seja qual for a sua atividade, Deus deseja ser glorificado nela, pois ele é o motivo de tudo isso. O filme é sobre ele, o mundo que ele criou, o dom que ele concedeu.

Trecho retirado do livro “Louco Amor” de Francis Chan.

Um deserto de dor

Certa manhã, Deus me ensinou poderosamente essa lição, em um momento de inquietação, pouco do antes do amanhecer. Eu estava debaixo do chuveiro, mais uma vez, às três horas da manhã. A enxaqueca havia durado por várias horas e não mostrava sinais de melhora. O tempo que passei vomitando tinha me deixado exausta e impediu que eu digerisse todos os analgésicos que havia tomado. Em um esforço desesperado para escapar daquela dor latejante e enlouquecedora, arrastei-me até o chuveiro para sentir a água caindo em minha cabeça. Isso não serviu para tirar a dor, mas trouxe alguns momentos de distração e alívio. O problema é que, cada vez que eu saía do chuveiro e voltava para cama, a dor retornava. Essa já era minha terceira ida ao chuveiro, e senti uma tensão crescente em minha cabeça e em meu corpo ao perceber que a dor estava piorando e as náuseas, recomeçando. Estava no meu limite, e, ao voltar para o chuveiro, o mundo desabou em mim.

Uma raiva poderosa contra Deus brotou dentro de mim, e acusações jorravam, enquanto as lágrimas começavam a cair. “Deus, já implorei repetidas vezes que você dê um fim nestas dores de cabeça, NESTA dor de cabeça, mas você não a tirou de mim. Por quê? O que eu tenho que fazer? Por que você não me ouve e por que não se importa?” A grande teologia que aprendi ao longo dos anos apenas alimentou meu desdém. Eu sabia que Deus tinha o poder de realizar toda a sua santa vontade. Ele poderia remover facilmente todas as minhas dores de cabeça, e fui levada a lutar com o fato de que ele não iria fazê-lo, apesar de quanto eu implorasse, suplicasse, ou ameaçasse.

De repente, um pensamento invadiu a minha mente, e eu sabia que não vinha de mim. Se Deus faz todas as coisas para sua própria glória e para o bem dos eleitos, então, de algum modo, essa dor de cabeça deve cumprir esses dois objetivos. Ela tem que glorificar a Deus e, de algum modo misterioso, ser boa para mim. Um pensamento levou ao outro, quando o Espírito Santo invadiu a minha mente, resgatando a minha alma: Se Deus me ama – e sei que Ele me ama, pois provou isso na cruz – então, é o amor que o compele a não fazer a minha vontade neste momento. Por que um Pai amável e celestial planejaria isto para mim hoje?

Eu sabia que esses pensamentos não eram meus, pois eram atípicos e alheios a mim. Meu padrão habitual de respostas às dores de cabeça se resumia a queixas e acusações amargas, mas esses pensamentos eram algo completamente diferente: eram verdades sobre verdades que me levariam a uma forma totalmente nova de pensar. Comecei a orar e confessar minha raiva grosseira a Deus. Essa experiência no deserto de dor constante levou-me a me levantar diante de Deus e a erguer o punho com raiva infantil. Por que ele toleraria um comportamento tão irreverente, orgulhoso e pecaminoso? Eu estava fazendo isso há anos e, ainda assim, sobrevivi! Ele não havia me destruído por causa da minha audácia ou me castigado pelo meu desaforo. Meus olhos foram repentinamente abertos para a enxurrada de pecados que jorrava de meu coração contra Deus pelo fato de ele não fazer a minha vontade ou me deixar fazer as coisas como eu quisesse; então, fui quebrantada. Meu pensamentos mudaram de acusação amarga para contemplação e adoração à medida que eu me maravilhava com a incrível paciência de Deus para comigo. Deus nunca havia me prometido uma vida sem dores, mas eu achava que ele me devia exatamente isso e odiava quando ele não cumpria a minha vontade ou não agia como meu empregado.

Desliguei o chuveiro, e, enquanto a água escoava pelo ralo, algo imenso e escuro começou a sair de minha alma. Deus utilizou o deserto desta enxaqueca e de muitas outras antes dela para abrir meus olhos para algo que eu não enxergava havia muitos anos. Minha postura diante de Deus havia sido a de uma pessoa que se julgava merecedora e cheia de exigências sem fim. Essa informação era nova para mim, mas não era nova para Deus. Ele sempre viu meu coração e sabia o que havia dentro dele, mas esperou amorosamente até esse dia para abrir meus olhos e me mostrar a profundidade de meu pecado. 

Mais uma vez, eu não fora apenas deixada a sentir-me miserável e péssima. A imensidão de meu pecado tinha que revelar algo maravilhoso sobre meu Salvador. Jesus foi crucificado exatamente por esse fardo de iniquidade, e ele me amou ao fazer isso. Ele escolheu sofrer a ira, literalmente, de tirar o fôlego, de seu amado Pai celestial em meu lugar, para que eu não tivesse que morrer pelo meu pecado.

Uma imagem se formou em minha mente ao me visualizar diante da cruz do meu Salvador, agonizando, enquanto eu o afrontava por não ter parado a minha dor de cabeça. As implicações absurdas dessa visualização derreteram meu coração com um doce arrependimento e uma profunda gratidão. Percebi que eu certamente era capaz de atos tão maliciosos, egoístas e imaturos, e, no entanto, nada do que eu pudesse fazer jamais me afastaria do amor de Jesus Cristo. Além disso, Cristo não somente morreu a minha morte, como também viveu de modo perfeito por mim, sofrendo com as doenças e dores de um ser humano, existindo em um corpo limitado, sem murmurar contra Deus ou acusá-lo e sem pecar de qualquer outra forma. Então, ele apagou meu histórico de ressentimento e ira e me deu a sua justiça.

Certa vez, Jesus também pediu algo a Deus, mas a sua vontade não prevaleceu. No jardim do Getsêmani, ele pediu a Deus que afastasse dele o cálice de sua ira, que o removesse. Porém, Deus não respondeu àquela oração (Mateus 26:39), Jesus, no entanto, não reagiu com acusações amargas em ameaçadoras. Em vez disso, ele orou: “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” e levantou-se para dar início a uma caminhada de dor que eu nunca conhecerei ou poderia suportar. Sem ira ou acusações, ele escolheu sofrer grande agonia, para que a minha ira direcionada constantemente a Deus não me destruísse. Agora, a retidão de Jesus era a minha, embora eu ainda lutasse com pecados como ira e amargura. Que amor maravilhoso Cristo demonstrou por mim ao sofrer voluntariamente! Que amor incrível o Pai demonstrou ao permitir que Jesus sofresse em meu lugar! Que alegre surpresa descobrir como ele continua me sustentando, conduzindo-me através dos desertos que planejou para mim e sofrendo pacientemente a injustiça das minhas reações pecaminosas, a fim de revelar-me o meu coração e ensinar-me sobre o seu amor.

Meninas, as vezes nós nos encontramos lutando contra o próprio Deus. Amarguradas e revoltadas por Ele não responder nossas orações da forma que queremos, por Ele não nos dar aquilo que tanto pedimos no NOSSO tempo, e muita vezes nos esquecemos que Ele já nos deu tudo, através da salvação que temos em Cristo Jesus. Nos apegamos nessa vida terrena, e nos esquecemos que já recebemos incontáveis tesouros espirituais. Histórias como a de Jó, servem para nos mostrar que Deus pode nos dar um amor por Ele, mesmo que Ele nos tire tudo: bens, família, saúde, estabilidade. Que todos os dias, a graça de Jesus e a sua justiça sejam suficientes para brotar em nosso coração um contentamento e gratidão sinceros pelo Filho, e uma confiança de que o Pai nos tem em suas mãos, e sabe o que é melhor para nós.

 

O texto que você leu em itálico foi retirado do livro “Graça Extravagante” de Barbara R. Duguid, um livro que por sinal você não pode passar dessa vida para outra sem ler. Segue o link para quem desejar adquirir: clique aqui para comprar.

Jugo suave e fardo leve

carroça de madeira
carroça de madeira
Conta-se a história de um homem que um dia encontrou Deus em um vale. – Como você está nesta manhã? – perguntou Deus ao companheiro. – Estou bem, obrigado – respondeu o homem. – Posso fazer alguma coisa pelo Senhor hoje? – Sim – disse Deus -, tenho uma carroça com três pedras e preciso que alguém a leve até a colina para mim. Você está disposto? – Sim, gostaria muito de fazer alguma coisa pelo Senhor. As pedras não parecem tão pesadas e a carroça está em boas condições. Ficaria feliz em fazê-lo. Onde o Senhor gostaria que eu a deixasse? Deus deu ao homem instruções específicas, desenhando um mapa no chão, à beira da estrada. – Passe pelo bosque e suba pela estrada que termina no alto da colina. Quando chegar ao cume, deixe lá a carroça. Obrigado por sua boa vontade em me ajudar. – Tudo bem! – o homem replicou e começou sua caminhada animado. A carroça se arrastava devagar, mas a carga era leve. Ele começou a assobiar enquanto caminhava rapidamente pela floresta. O sol atravessava as árvores e aquecia suas costas. Que alegrai ser capaz de ajuda o Senhor, pensou ele admirando o lindo dia. Perto da terceira curva, entrou em uma pequena vila. As pessoas sorriam e o cumprimentavam. Então, na ultima casa, um homem o parou e lhe perguntou: – Como você está nesta manhã? Que linda carroça você te aí. Aonde você vai? – Bem, hoje de manhã Deus me deu um trabalho. Vou deixar essas três pedras no topo da colina. – Que maravilha! Pela manhã, estive orando porque não sabia como levar essa pedra até o cume da montanha – disse o homem com grande entusiasmo. – Você poderia levá-la para mim até lá? Seria como uma resposta à minha oração. O homem com a carroça sorriu e respondeu: – É claro. Não creio que Deus se incomode. Coloque-a atrás das três pedras. Então, partiu com três pedras e uma rocha dentro da carroça. A carroça parecia um pouco mais pesada. Ele podia sentir o solavanco de cada batida e a carroça já puxava para o lado. O homem parou para arrumar a carga enquanto cantava um hino de louvor, satisfeito por ajudar a um irmão e também a Deus. Depois, partiu novamente e logo chegou a um outro pequeno vilarejo à beira da estrada. Um grande amigo vivia lá e lhe ofereceu um refresco. – Você está indo para o topo da colina? – indagou o velho amigo. – Sim! Estou muito entusiasmado. Imagine, Deus me deu algo a fazer! – Ei! – disse o amigo. – Preciso levar essa mala de seixos para lá. Estava preocupado porque não arranjava tempo para leva-la eu mesmo. Mas você poderia encaixá-la entre as três pedras, aqui no meio. Deste modo, colocou sua carga na carroça. – Isso não deve ser problema – disse o homem. Acho que consigo levar. Terminou de beber o refresco, levantou-se e esfregou as mãos antes de pegar a carroça. Despediu-se com um aceno e começou a puxar a carroça de volta para a estrada. Definitivamente a carroça pesava em seus braços agora, mas não chegava a ser desconfortável. No inicio da subida, ele começou a sentir o peso das três pedras, da rocha e dos seixos. Apesar disso, sentia-se bem por estar ajudando um amigo. Certamente Deus ficaria orgulhoso de sua energia e disposição para ajudar. A uma pequena parada seguiu-se outra e a carroça começou a ficar cada vez mais pesada. O sol estava quente e seus ombros doíam por causa do esforço. Logo as canções de louvor e de gratidão que enchiam seu coração deixaram seus lábios e o ressentimento começou a crescer em seu interior. Não foi isso que ele aceitou pela manhã. Deus havia lhe dado uma carga mais pesada do que ele era capaz de suportar. A carroça parecia enorme e desajeitada enquanto se movia com dificuldades e pendia nos sulcos da estrada. Frustrado, o homem começou a pensar em desistir e em deixar a carroça rolar ladeira abaixo. Deus estava fazendo um jogo cruel com ele. A carraça cambaleou e a carga se chocou com a parte de trás de suas pernas, machucando o homem. – Já chega! – irritou-se. – Deus não pode esperar que eu puxe tudo isso até o alto da montanha. Ó Deus – lamentou. – Isso é muito duro para mim! Pensei que estivesses me ajudando nessa viagem, mas estou oprimido por uma carga muito pesada. O Senhor tem que arrumar mais alguém para leva-la. Não sou forte o bastante. Quando orou, Deus apareceu ao seu lado. – Parece que você está em dificuldades. Quando é o problema? – Tu me deste um fardo pesado demais – queixou-se o homem. – Isso não é para mim! Deus caminhou até a carroça, apoiada em uma pedra. – O que é isso? – e levantou a mala de seixos. – Isso pertence a John, meu grande amigo. Ele não tinha tempo de trazê-la sozinho. Pensei que poderia ajudar. – E isto? – Deus derrubou duas peças de xisto ao lado da carroça enquanto o homem tentava explicar. Deus continuou a esvaziar a carroça, retirando tanto os itens leves como os pesados. Caíram no chão e a poeira levantou. O homem que esperava ajudar a Deus ficou em silêncio. – Se você permitir que os outros levem as suas próprias cargas – disse Deus – eu o ajudarei com sua tarefa. – Mas prometi que ajudaria! Não posso deixar essas coisas abandonadas aqui. – Deixe que os outros carreguem seus próprios pertences – disso Deus mansamente. – Sei que você estava tentando ajudar, mas enquanto você estiver sobrecarregado com todos esses cuidados, não conseguirá fazer o que eu lhe pedi. O homem logo se pôs de pé, percebendo subitamente a liberdade oferecida por Deus. – Quer dizer que só preciso levar as três pedras? – perguntou. – Foi o que eu lhe pedi – Deus sorriu. – Meu jugo é suave e meu fardo é leve. Nunca vou lhe pedir para carregar mais do que você consegue suportar. – Eu consigo fazer isso! – disse o homem, sorrindo de orelha a orelha. Agarrou o cabo da carroça e começou sua jornada novamente, deixando o resto das cargas junto à estrada. A carroça ainda cambaleava e sacudia um pouco, mas ele nem percebia. Um novo canto encheu seus lábios e ele sentiu uma brisa perfumada soprando pelo caminho. Com grande alegria, atingiu o topo da colina. Foi um dia maravilhoso, pois ele havia feito o que o Senhor lhe pedira.  
(Texto retirado do livro “Como ter o coração de Maria no mundo do Marta” de Joanna Weaver)

Ser sal e luz

saleiro branco e vela branca sobre a Bíblia
saleiro branco e vela branca sobre a Bíblia
Hoje li uma frase de um cara chamado Paulo Junior (confesso que não o conheço) que disse algo que já me incomodava a um tempo, mas estava em standby. A frase é a seguinte:
“Quando a ‘igreja’ adota ser igual ao mundo sob o pretexto de trazer o mundo, a igreja se torna mundana e nenhum pecador se converte”.
A um tempo atrás escutei de uma amiga uma frase que me deixou extremamente intrigada e triste. Ela disse “engraçado, não vejo diferença nenhuma entre alguns jovens que vão para a igreja dos jovens com os quais estudo”. Ela estava se referindo a brincadeiras, atitudes e até conversas (P.S.: não precisa de palavrão para conversa não prestar!). Fiquei triste por motivos óbvios que nem preciso citar. Mas fiquei intrigada também, afinal fomos chamados para ser sal e ser luz (Mt 5.13-16). Como seremos sal e luz se somos iguais aos do mundo? Num mundo insosso e escuro, sal e luz incomodam, trazem desconforto. Então como podemos ser iguais? Logo, podemos concluir que não estamos fazendo a menor diferença, certo?! Cara, isso está muito errado!!!! Olha só o que o versículo fala:
“Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mt 5.13-16)
Para que usamos o sal? Para deixar a mesa bonitinha com o conjunto de sal, vinagre, azeite e palito, mas nunca usar? Ou para acentuar o sabor da comida? E a luz… onde ela está localizada em sua casa? Dentro do armário da cozinha atrás das panelas ou no forro de tal forma que ilumine todo ambiente? Se o sal não dá sabor e a lâmpada está queimada eles só servem para serem jogados fora! Então porque os crentes ficam falando que são crentes mas não mudam? Concordo que você não deve ter 2 personalidades, uma dentro da igreja e outra fora! Mas se somos iguais ao mundo estamos sendo crentes errados tanto dentro quanto fora da igreja! Não foi para isso que Jesus nos comissionou.

“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mt 5.16)

Sejamos o sal que dá sabor e aquela lâmpada super nova e forte que chega a incomodar!

Voltar ao primeiro amor

mulher pulando alto com braços estendidos na praia ao pôr do sol
mulher pulando alto com braços estendidos na praia ao pôr do sol
Esse mês tive o grande privilégio de ir à África para conhecer o ministério de uma amiga missionária muito querida! Foi um tempo mágico, perfeito, indescritível! É uma daquelas experiências com as quais você passa o dia pensando sobre! Na África as coisas são simples, as pessoas de fato vivem e não só sobrevivem. Mas ao mesmo tempo são pessoas sedentas por conhecimento, por ensino, por aprendizado. Durante a viagem tive a oportunidade de conhecer uma jovem senhora que foi dar um curso de História e Geografia Bíblica para quem quisesse participar. O curso foi oferecido na capital de segunda a sábado, 3h por noite. Aproximadamente 140 pessoas participaram TODOS os dias do curso, fora aquelas que participaram esporadicamente (teve dia que tinha mais de 200 pessoas!). Porém eles não o fizeram porque era fácil, cômodo, divertido ou com um banquete no final. São pessoas que muitas vezes tinham que viajar mais de uma hora para ir à igreja ou voltar para casa num transporte público pior que o nosso. A língua oficial do país é o português – língua em que o curso foi oferecido – mas não é a língua falada (é o criolo), então também havia a barreira linguística envolvida. Apesar de todas essas dificuldades, não havia pessoas reclamando, achando ruim ou desistindo. Elas estavam felizes por poderem estar aprendendo mais sobre Deus e entendendo melhor a Bíblia. No último dia havia pessoas radiantes porque receberam um certificado de um curso equivalente a 20h (pensa na alegria de pessoas que muitas vezes nunca haviam ganhado um certificado!!). Aí parei para pensar em nossa realidade no Brasil… quantas vezes nas igrejas não são criados campeonatos de FIFA, de futebol, de vôlei, ou então oferecido um jantar chinês, tailandês, libanês ou qualquer outro -ês da vida? Torno as palavras de Paul Washer as minhas:
“A maioria dos ‘Grupos de jovens’ são totalmente inúteis. São como um bando de crianças que precisam ter diversão em tudo, tem que ir à igreja para se divertir, não podem levar nada a sério, porque se não temos diversão os jovens não vão vir. Mas não vão entrar no reino dos céus por meio de divertimento. Precisam de doutrina, necessitam de verdade, precisam da verdade da palavra de Deus. É tempo de deixar de ser crianças, é tempo de crescer e levar a sério a Bíblia.”
Igreja não é clube! Na EBD não tem que haver brincadeiras para voltar ao foco da aula, os encontros de jovens ou adolescentes não tem que ser recheados de brincadeiras, campeonatos, comidas e não sei mais o quê para “convencer” pessoa a querer participar do estudo da Bíblia porque ao final terá um tempo divertido. O foco é a Bíblia galera, e não o teu eu! Já disse Mateus no capítulo 24 verso 12: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” Que possamos a cada dia buscar voltar ao primeiro amor, buscar Deus em todos os momentos e não somente quando a programação parece ser interessante ou quando penso que a palavra que será trazida agradará meu coração. Precisamos ser confrontados pela palavra para ter um arrependimento real e genuíno. Precisamos voltar ao primeiro amor! Aquele que te faz querer aprender mais e mais da Palavra de Deus – e não serão os campeonatos, jogos ou banquetes que oferecerão isso, mas o Estudo da Bíblia pura e simplesmente! Deixo com vocês uma música que fala exatamente isso:  

Carta do Futuro

carta antiga, com pena e relógio de bolso em cima
carta antiga, com pena e relógio de bolso em cima

 

Olá!

Se meus cálculos estiverem exatos, esta carta estará em suas mãos exatamente dia 11 de janeiro de 2018, com horário indefinido, levando em conta que os correios são compostos por pessoas, e não por drones (ainda, rs).

Antes que se assuste, eu sou você, exatamente, eu sou você! Estou em janeiro de 2028 escrevendo esta carta pois fiquei preocupada em lembrar deste período, e sem causar grandes danos ao futuro, através de uma breve viagem no tempo, achei bom deixar esta carta para você, ou eu, ou…você entendeu, nós.

Mais um ano se inicia, são muitas expectativas, planos, possibilidades, e acredito que como segunda semana do ano, você deve se questionar do motivo pelo qual tudo não tem sido exatamente como planejado, ou melhor, o motivo das coisas ainda não terem acontecido. O que gostaria de lhe dizer, é que os eventos planejados não necessariamente irão ocorrer da maneira esperada, mas da maneira que precisa acontecer, de acordo com a vontade de Deus, e acredite, justamente por isso, tudo será muito melhor do que o esperado. Não é um discurso motivacional, mas uma realidade, tenha tranquilidade neste coração inquieto, pois no tempo certo, com a permissão de Deus, todos os planos ocorrerão no devido lugar, então pare de chilique.

Bom, agora que acredito que ficou mais tranquilo com isto, vou pedir que este ano, você priorize alguns pontos, e se dedique da melhor maneira possível em todos eles. Não precisa ser perfeita, mas faça seu melhor. Então:

  • Viva uma vida integralmente a Deus

Sei que há muito o que acontecer, mas antes de qualquer coisa, tenha uma vida totalmente dedicada a Deus. Lembre-se da história de Daniel, e do quanto em meio as adversidades, ele não deixou de ser reverente a Deus e se dedicar a Ele com o seu melhor, não se curvando a outros deuses, nem abrindo mão de orar três vezes ao dia, mesmo sabendo o risco que corria.

Não deixe de ir aos cultos, se dedicar aos trabalhos da igreja e viver em comunhão com os irmãos, pois muito mais que um convívio com pessoas, isso é um grande passo para viver uma vida dedicada a Cristo. Isso jamais vai impedir você de exercer outras atividades, muito pelo contrário, você vai ver como isso vai te dar muito mais força.

  • Seja templo do Espírito Santo

Sei que neste período o termo “templo do espírito” é muito pensado tratando-se de fugir da imoralidade sexual ou de tratamentos estéticos como tatuagens. Mas sobre todas essas coisas, você já tem conhecimento, deste modo, meu conselho vai em outro sentido: Cuide de você! Isso mesmo, cuide da sua saúde, pratique exercícios regulares (mesmo que duas vezes na semana), organize sua alimentação e seja sábia no cuidado estético, sabe o cuidado com os dentes, com o cabelo e afins? Então, isso também é cuidar do templo, não ao ponto de ter vaidade e de tornar o corpo um ídolo, mas com coerência! O corpo também deve ser cuidado, Cristo te deu ele justamente por saber que você dá conta de cuidar, então faça o seu melhor!

E mais uma vez, lembre-se de Daniel, no momento que ele escolheu fazer jejum em meio aos manjares! Sabe a coca? As besteiras dos finais de semana? O que acha de mudar alguns hábitos por uma saúde melhor também? Seu corpo agradece!

  • Há tempo de plantar, e tempo de colher

Sabe todas as expectativas de realizar os planos este ano? Então, gostaria de lembrar você que para tudo há planejamento, mas também execução, há começo, mas também há final. Não crie expectativas acima do que se espera, mas tenha sabedoria e busque ser realista. Sei que você ama sonhar, mas saiba controlar tudo isso, antes que a ansiedade bata e o desanimo venha em seguida com o fato de tudo não ter sido como gostaria. Valorize as realizações pela beleza delas, sem reclamar ou resmungar. Não seja uma pessoa mimada, pois você nunca foi assim, e não é agora que isso deve mudar.

  • Ame a Cristo

Muito mais que viver uma vida para Cristo, busque ama-lo cada dia mais! Amor é uma escolha, e ela deve ser alimentada dia após dia. Busque conhece-lo! Só assim você irá se apaixonar cada dia mais por quem deu a vida por você. Não tenha medo desse amor, Ele jamais te abandonará, e suprirá todas as carências do seu coração de forma linda! Então mergulhe nesse amor e não tenha medo, vale a pena!

  • Ame ao próximo

Sei que no último ano você sofreu decepções, se sentiu injustiçada, e nada disso é algo fácil de se superar, mas lembre-se: o perdão é essencial. Perdão é a maior prova de amor que podemos demonstrar ao próximo, pois é assim que Cristo mostrou seu amor pela humanidade. Perdoe, se sinta perdoada e sinta-se livre do peso do passado. Ame quem mais te acusa, te odeia ou nem se deu conta do mal que fez, Cristo está no controle, não há o que se prender a algo que não faz bem, seja leve!

  • Valorize as pessoas da sua vida

Sei que com a chegada de um ano novo, surge o desejo de buscar novas amizades, mas antes de qualquer coisa, olhe para cada pessoa que tem um carinho gigante por você: família, amigos, igreja….viu? Conseguiu listar quantas pessoas? Pois é, valorize cada uma delas. Você é amada, e todos acreditam em você, no seu potencial e te apoia nos seus sonhos. Então pare de buscar fora aquilo que o Senhor já te deu! Pare de achar que quem está ao seu lado não tem valor ou não liga para você, e tenha a decência de assumir o quanto essas pessoas são importantes. Diga isso a elas! Demonstre! Você pode se surpreender de forma linda, te garanto.

  • Se aceite como você é

Sei que o mundo, as amigas, e muitas outras pessoas podem apontar diversas coisas em você que você se incomoda e fica triste, mas gostaria de te convencer de uma vez por todas: VOCÊ É INCRÍVEL! Você é tão especial, querida e linda, então valorize-se! Pare de ouvir quem só quer seu mal e passe a ver o que há de incrível em você!

Deus te criou com tanto amor, pensou em você em cada detalhe desde que estava no ventre de sua mãe, e você fica aí, pelos cantos se lamentando, para com isso! Seu valor é imensurável, e justamente por isso a única maneira de pagar por você foi pelo sacrifício da cruz. Então se aceite, seja feliz e viva por aquele que te criou e te ama muito: Cristo!

 

Sei que são muitas lições, mas acredito que são as mais importantes para que este ano (e os próximos), você busque viver mais leve, feliz e claro, dedicada como sempre buscou ser. Não abaixe a cabeça, você possui um Deus maior que qualquer medo, ansiedade, problema ou qualquer outra palavra que venha em mente. Entregue sua vida ao Senhor, e o mais, Ele fará <3

Resoluções para o Novo Ano

vela sparkle nas mãos de uma mulher
vela sparkle nas mãos de uma mulher

É possível que você já tenha lido frases como “Entrar em um novo ano não muda nada, se você não mudar, se você não perseguir seus objetivos”. O que em partes é verdade não é mesmo? As transformações em nossa vida vem através de tomadas de decisões, mudanças de atitudes e novos caminhos traçados.

Porém, nós somos seres cíclicos, Deus nos fez assim. Ele instituiu a divisão do dia e da noite, para que fossemos seres organizados.

Disse Deus: “Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite. Sirvam eles de sinais para marcar estações, dias e anos. Gênesis 1:14

Você já parou pra pensar que cada novo dia, e cado novo ano é uma nova chance? É uma dádiva para que possamos recomeçar de onde paramos. Depois de uma noite longa de dor, vem o amanhecer. Depois de um dia de sol calorento e cansativo vem a brisa da tarde, e um tempo para descansar e recobrar as forças. Depois de um ano de lutas contra o pecado, nos é dado uma nova oportunidade.

Talvez você esteja adentrando ao novo ano, triste pelo seu fracasso no ano que findou. Aqueles livros que você prometeu ler e não leu, seu plano de leitura bíblica que ficou de lado, e aquele pecado que persiste em estar presente. Talvez você já tenha desistido de ser uma boa filha, uma boa namorada, uma boa serva para a comunidade e sinta que Deus está descontente com suas atitudes. Você se lembra quando era criança e fazia algo de errado? Talvez nossa maior tristeza era o olhar de reprovação e de ira de nossos pais, ao invés dos sorrisos e brincadeiras. Não víamos a hora de tudo aquilo acabar para receber de novo aqueles sorrisos de aprovação, e saber que eramos amados apesar de nossas travessuras.

Porém o que precisamos entender, é que nosso Pai celestial está sempre satisfeito conosco. Não através de nossas próprias ações, mas por causa da perfeita obediência de Cristo em nosso lugar. Algumas pessoas podem chamar essa frustração por causa de nossas atitudes de recaída, mas Deus está na verdade, nos guiando através de nossa caminhada com Cristo, para nosso próprio bem e para sua glória. Ele quer que a cada dia nós descubramos a nossa própria fraqueza, para que entendamos nossa necessidade da justiça de Cristo.

Com amor, Deus irá esmagar nosso crescente orgulho espiritual, e nos guiará a uma compreensão mais profunda e rica da aliança da graça.

Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. 2 Coríntios 12:9

Portanto, que haja gratidão em nosso coração, pelo novo ano que se inicia. Por podermos mais uma vez fazer planos, querer mudar, e tentar novamente. Que a graça de Deus inunde nosso coração, sabendo que a Cruz de Cristo nos capacitará a cumprir os mandamentos de nosso Senhor. Que nossas fraquezas e fracassos nos deem a cada dia uma visão dAquele que já fez tudo por nós.

Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Coríntios 15:57

 
Baseado no livro “Graça Extravagante” de Bárbara R. Duguid, publicado pela Editora Fiel. Link para comprar aqui.

Eu sou Pedro

fogueira com praia ao fundo
fogueira com praia ao fundo
Pedro é a rocha na qual Deus construiu Sua igreja. Mas primeiramente, Pedro provavelmente foi o pior discipulo de todos. Eu sou Pedro. Jesus falou para Pedro que ele (Pedro) iria negá-lo três vezes; Pedro responde “Não! Eu te amo, eu jamais poderia negá-lo, Senhor”. Hoje todos sabemos que Pedro de fato negou Jesus três vezes. Eu sei em meu coração e minha alma e no íntimo do meu ser que eu amo o Senhor, que eu faria qualquer coisa para Ele, que iria para os confins da Terra por Ele, mas quantas vezes eu esqueço de dar a Ele a glória de Seu nome? Quantas vezes eu não aceito elogios sem dar a Ele todo o crédito? Será que eu, assim como Pedro, nego a glória de Cristo que é somente dele? Jesus falou a seus discípulos que era a vontade de Deus que Ele fosse preso. Ele foi de boa vontade quando os soldados o foram buscar, mas o entusiasmado, amoroso Pedro ergueu sua espada e cortou a orelha do soldado. “Guarde sua espada”, Jesus mandou “não deveria eu beber o cálice que o Pai me deu? ” Eu sou Pedro. Eu tenho meus próprios prazos. Quando não vejo as coisas acontecendo, eu tento fazê-los acontecer. E Jesus diz “Guarde sua espada, guarde seus planos. Não deveríamos nós fazer o que o Pai nos mandou fazer? ” Igual Pedro, eu coloco de lado meus planos, minhas defesas, e olho enquanto tudo acontece perfeitamente, no tempo perfeito de Deus. Depois de Jesus ressuscitar, ele apareceu para seus discípulos enquanto eles pescavam. Quando Pedro viu seu amado salvador, ele entusiasmadamente pulou do barco e começou a nadar para onde Jesus estava. Desnecessário falar, o barco provavelmente chegou primeiro na praia do que Pedro. Eu sou Pedro – pulando entusiasmadamente em coisas e depois parando, encharcado, aos pés do Senhor, sorrindo na minha estupidez. Eu me empolgo, esqueço de pensar em todos os detalhes, e acabo fazendo o caminho mais comprido. Toda vez, assim como com Pedro, Jesus me aceita encharcado em seus braços e está feliz em me ver. Eu sou Pedro que cometeu muitos erros, mas sou Pedro para quem Deus tinha grandes planos, quem Deus estabeleceu para fazer o Seu trabalho. Pedro é a rocha em quem Jesus construiu Sua igreja. Naquela noite em que Pedro tolamente pulou do barco, Jesus reintegrou-o na presença dos outros discípulos. “Tu me amas? ” Ele perguntou. “Então alimente minhas ovelhas. ” “Você realmente me ama? Então cuide das minhas ovelhas” “Pedro, você me ama? Alimente minhas ovelhas, e siga-me” Para cada vez que eu nego a glória de Deus, para cada vez que eu sigo os meus planos em vez de escutar a voz de Deus, para cada vez que pulo em um novo plano antes de consultar o Senhor, Ele pergunta “Filha, você verdadeiramente me ama? ” E eu amo. “Alimente minhas ovelhas. ” E eu irei. E eu o faço. “Siga-me” E eu o faço, ou pelo menos estou tentando. Eu sou Pedro. Eu bagunço tudo. Cometo erros, estou longe da perfeição, e Deus quer me usar. Deus quer realizar grandes coisas através de mim. Você é Pedro. Deus já sabe que você fará uma bagunça, mas Seus planos para você são grandes. Vá. Alimente Suas ovelhas.  
Retirado e traduzido do livro “Kisses from Katie”.

Nas mãos do Restaurador

mãos moldando o barro em forma de vaso
mãos moldando o barro em forma de vaso

Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu entendimento é infinito. Salmos 147:05

Nos museus mais importantes do mundo temos obras primas expostas para visitação, ficamos tão admirados quando olhamos estes quadros pintados por mestres há muitos anos atrás, cada detalhe preservado, as cores, o brilho, tudo perfeito, mas não sabemos que algumas destas obras primas sofrem com o passar do tempo, com o frio com o calor, algumas foram afetadas por guerras, pela destruição de museus mais estão ali colocadas em lugares de destaque diante dos olhos de muitos, e para isto elas passaram pelas mãos habilidosas de um restaurador.

Um restaurador preparado, paciente, com conhecimento do quadro, sabendo como era cada detalhe da cor, para poder restaurar e deixar tudo perfeito como era na hora da criação daquela obra.

Nós fomos criados por Deus a sua imagem e semelhança, está muito claro no livro do Gênesis:

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Genesis 1: 26 e 27

Perfeitos diante do nosso criador, colocados em um Jardim perfeito para uma vida de louvor, de paz, e harmonia, mas este quadro perfeito foi destruído pelo pecado. As cores foram tiradas, o brilho também, não existe mais paz, comunhão e alegria. Tudo está fora do lugar, vidas destruídas pelo pecado, pagamos o preço da desobediência em nosso corpo, na natureza e no nosso espírito, precisamos de restauração e esta só pode ser feita por alguém que conhece a obra, que sabe cada detalhe, que sabe quais as cores que estavam no momento da criação, alguém paciente, alguém poderoso, alguém que é capaz de deixar tudo para estar restaurando a obra prima de Deus.

Cada homem e mulher precisa de restauração, precisamos voltar a ter comunhão com Deus, precisamos voltar a louvar, precisamos servi-lo com nossos dons e talentos, precisamos ser restaurados de nossas dores e feridas, e somente Deus através de Jesus pode realizar este milagre em nossas vidas.

Restaurando a comunhão – Romanos 05:01

Jesus veio ao mundo para restaurar a comunhão do homem com Deus, quando Jesus morreu na cruz o veio do templo se rasgou de alto a baixo, agora não havia mais separação podemos entrar no santos dos santos.

Mateus 27:51

Jesus restaura a nossa comunhão com Deus, agora podemos orar e conversar com Deus, estar em sua presença e assim louvá-lo.

Restaurando o louvor – Hebreus 13:15

O verdadeiro louvor só pode sair de um coração transformado, louvar não é somente cantar, louvamos quando decoramos um versículo, quando testemunhamos o amor de Deus, quando abraçamos um irmão que está sofrendo, e principalmente o nosso louvor não depende das circunstancias, louvamos a Deus por seu amor seu poder e sua vontade perfeita.

Deuteronômio 10:21

Restaurando o prazer de servir – Salmos 116:16

Muitos acreditam que precisam ser o centro das atenções, neste mundo egoísta as pessoas querem fama e querem ser servidas, mas Jesus foi servo e sempre nos alertou para isto.

João 12:26

Servir com alegria, colocar nossos dons e talentos a serviço do Senhor, escolher os últimos lugares, pois em Cristo seremos glorificados.

Restaurando nossas cicatrizes – Salmos 147:03

Carregamos conosco muitas cicatrizes, dores e feridas que precisam das mãos poderosas do restaurador, vidas marcadas, casamentos partidos, famílias divididas, igrejas frias , vidas marcadas que não estão mostrando ao mundo o quanto o nosso Salvador pode transformar e mudar historias deixando cada vida com o brilho e as cores que Deus deseja para cada um.

Somos luz do mundo e sal da terra, precisamos nos colocar nas mãos do Senhor que restaura de maneira perfeita curando as feridas, e mesmo que alguma cicatriz fique ela será a prova do amor do nosso Salvador.

Famílias, casamentos, igrejas, vidas restauradas e transformadas, nosso Salvador nos conhece perfeitamente, sabe as nossas dores porque as sofreu, vamos nos entregar sem medo nas mãos do Restaurador.

Equilíbrio

8 pedras eqiulibradas umas sobre as outras. Mar azul ao fundo
8 pedras eqiulibradas umas sobre as outras. Mar azul ao fundo

No texto de 1 Pedro 2:1-17 (ao final do post)Pedro nos apresentou seis ilustrações que se completam para descrever um discípulo. São elas:

  • como crianças recém-nascidas – somos chamados a crescer;
  • como pedras vivas – somos chamados à comunhão;
  • como sacerdotes santos – somos chamados à adoração;
  • como povo de propriedade de Deus – somos chamados ao testemunho;
  • como estrangeiros e peregrinos – somos chamados à santidade;
  • como servos de Deus – somos chamados à cidadania.

Essa é uma descrição maravilhosamente abrangente e equilibrada. Essas seis responsabilidades parecem se organizar em três pares, cada um apresentando um equilíbrio.

Em primeiro lugar, somos chamados tanto para o discipulado individual quanto para a comunhão corporativa. 

Bebês, apesar de nascerem numa família, têm sua identidade própria. Porém, a função fundamental das pedras usadas em construção é ser parte de alguma coisa. Elas cederam sua individualidade ao prédio. Sua importância não está nelas mesmas, mas no conjunto. Então precisamos enfatizar tanto as nossas responsabilidades individuais quanto as corporativas.

Em segundo lugar, somos chamados tanto para adorar quanto para trabalhar. 

Como sacerdócio, nós adoramos a Deus. Como povo de propriedade de Deus, testemunhamos no mundo. A igreja é uma comunidade de adoração e testemunho.

Em terceiro lugar, somos chamados tanto para a peregrinação quanto para a cidadania.

Em cada par, somos chamados ao equilíbrio e não à ênfase de um em detrimento do outro. Assim, somos tanto discípulos individuais quanto membros da igreja, tanto adoradores quanto testemunhas, tanto peregrinos quanto cidadãos.

Texto baseado no livro “O discípulo radical” de John Stott. Link para comprar aqui.

 

 

1 Pedro 2:1-17

“Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência.
Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom.

À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele —
vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. Pois assim é dito na Escritura:

“Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado”. Portanto, para vocês, os que crêem, esta pedra é preciosa; mas para os que não crêem, “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”, e, “pedra de tropeço e rocha que faz cair”.

Os que não crêem tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram destinados. Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.

Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua intervenção.

Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, seja aos governantes, como por ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem. Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus. Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei.”